Page 9 - Revista Lotus-Mes-01-2008-N100

Ano 9. Edição n 100
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5. Acredita que os fundamentos básicos do budismo (de­
sapego e contemplação do vazio) que conduz o indivíduo a
uma atitude sem vícios e de dedicação à religião vem sendo
respeitada na prática após a popularização do budismo?
Felizmente o praticante budista é alguém muito cobrado por
suas atitudes. A própria sociedade vê um seguidor budista
como alguém da paz, que busca a tranqüilidade e harmonia
em quaisquer circunstâncias. Por isso, quando o mesmo não
demonstra tal equilíbrio, muitas vezes é criticado por não
estar sendo coerente com a sua doutrina. Ou seja, até mesmo
que não é budista, ajuda um budista a se policiar e lapidar
seus atos, para que sejam coerentes com os ensinamentos de
Buda. Todavia, é importante lembrar que o budismo quando
praticado como religião, como é o caso do Budismo Primordial
gera um determinado efeito e resultado em nossas vidas. Mas
quando praticado apenas como metodologia de vida, sem a fé
e a compaixão, acaba encontrando limitações em nossos egos
e falta de esclarecimento.

6. Qual a sua opinião sobre os diferentes estilos de prática
budista? Acredita que a diversidade compromete a identidade
da religião?
A diversidade é algo maravilhoso. Podemos usar vários tipos
de sapatos, escolher tipos diferentes de bebida e tudo de
acordo com o que desejamos ou o que gostamos. Todavia,
quando se trata de religião, precisamos saber identificar qual
é o nosso objetivo e se tal prática conduz ao resultado dese­
jado. Assim como, para cada doença existe um determinado
remédio, para eliminar os carmas negativos que acumula­
mos após sucessivas vidas, precisamos de uma prática capaz
de eliminá-los. No Sutra Lótus, Buda especifica o "Namu­
mouhourenguekyou" (causa, essência e semente da ilumina­
ção), como o sendo o Mantra Sagrado capaz de realizar isso.
Na era em que vivemos, qualquer prática budista que não
estiver de acordo com o exercício da fé e da compaixão, tal
Ili