Page 22 - Revista Lotus-Mes-04-2003-N43
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estivera o tronco, o cavalo refogava. Na verdade ele refogava a
memória do tronco em sua mente.
Assim como o cavalo não vê a estrada plana sem o tronco, nós
não podemos observar corretamente a vida e os seres como eles real
mente são. Quando olhamos, mesmo para os nossos entes queridos,
pa uma árvore etc, não vemos as coisas como elas são porque
estamos continuamente olhando para os nossos próprios pensa
mentos e concepções e, neles vivemos
aprisionados.
Com a mente aprisionada a esta memória de con
cepções e idéias, a alma mergulha na ilusão de um
mundo fenomênico de desejos e prazeres, gerando
os carmas que consequentemente, produzem os fenô
menos do ciclo de nascimento, doenças, velhice, morte
e "desarmonia" aparente do universo.
De fato, o único obstáculo que impede o homem de
viver em harmonia são seus próprios pensamentos e ima
gens mentais frutos de atividades egocêntricas, ocasionada
pela memória da velha mente.
Portanto, para que um ser humano possa ver a harmonia
que está a sua volta ele precisa de uma mente pura. E, neste processo a
prática e interesse constante pela fé é de suma importância.
Há ignorância quando se sofre e não se procura a fé. Há igno
rância e estupidez quando se conhece a fé e não pratica. E, há egoísmo
quando se conhece e pratica, mas, somente para seus interesses indivi
duais.
Porém, quando se pratica a fé para o despertar de todos, in
dependente de fronteiras ideológicas, discriminação de raças, culturas
e condições sociais, este homem deixará de ser um indivíduo
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