Page 31 - Revista Lotus-Mes-05-2003-N44
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No ano seguinte nos transferimos para o Paraná região próxima da
estação ferroviária Congonhas, onde por seis anos a família se dedicou ao
cultivo do café.
Neste novo local, durante a construção da casa onde iríamos
morar, meu pai, acidentalmente engoliu um prego que havia colocado na
boca, como muitos carpinteiros têm o costume de fazer. Por esse motivo,
minha tia, Otoyo, conduziu meu pai a São Paulo para tratamento. Minha
mãe não podendo acompanhá-lo ficou cuidando dos filhos.
Em São Paulo, um parente distante chamado Oda Kaoru tomou
todas providencias para realização da cirurgia na Santa Casa. Mesmo assim,
meu pai veio a falecer. O mesmo Sr. Oda preparou seu funeral e o
sepultamento.
Todas as pessoas que haviam se relacionado ou conheciam algo a
respeito de meu já faleceram. Vivi todos esses anos tomado por um
ressentimento inexplicável e, toda vez que passava pelos cemitérios no bairro
da consolação em São Paulo, imaginava que meu pai estaria ali, sepultado em
algum daqueles cemitérios.
A família V tida durante a cerimô11ia de inauguração do jazigo
familiar, local em que foi depositado as terras onde os
ancestrais/oram enterrados, essa cerimô11ia comoveu todos os
familiares presentes.