Page 17 - Revista Lotus-Mes-08-2004-N59

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criada e educada para casar e dedicar-se ao marido e aos seus
filhos. Era muito amiga, companheira. Gostava de vir todos os

dias no culto matinal, depois bater um papinha com as amigas e

ser prestativa no templo. No templo havia uma turminha da pesada
e minha mãe fazia parte juntamente com as Sras. Takasse e
Takanohashi, hoje já falecidas e que vale a pena lembrá-las. Não
me interpretem mal com "turminha da pesada" porque é com carinho

que falo delas. Era um grupo de senhoras das quais levávamos
bronca quando errávamos em nossas atividades no templo.
Embora muito "bravinhas", sempre nos tratavam com carinho e

muitas risadas. Era um prazer para elas simplesmente estarem no

templo e nos tratarem como verdadeiros filhos.

No dia 31 de março de 1997, quando voltava do serviço,

senti uma angústia muito forte, uma tristeza indefinível, não

conseguia conter as lágrimas por mais esforço que fizesse. Naquela
noite tudo era muito diferente, mas só fui perceber depois que
tudo passou. Eram mais ou menos meia-noite quando a minha mãe
passou mal vindo a falecer algumas horas depois no hospital.
Confesso que fiquei desnorteada, como muitos ficam quando

perdem alguém como a própria mãe. Chorei muito diante do seu

corpo falecido, pedi-lhe perdão por ter causado desconforto por
tantas vezes e agradeci por toda sua dedicação como mãe, sempre
nos demonstrando um carinho especial.
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