Page 6 - Revista Lotus-Mes-02-2005-N65
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como conseqüência das nossas falhas, aprendemos que não
somos perfeitos e que precisamos melhorar. Devemos
trabalhar para nosso desenvolvimento e para ajudar o outro a
encontrar o melhor caminho.
"Não há pessoa que não mereça ser resgatada, que não mere
feliz" diz bis K Correia do templo Nyorenji,
do Budismo Primordial, que cita a oração, a fé e a compaixão
como métodos para encontrar a iluminação.
"Para mim, mais do que uma religião, o budismo é uma
filosofia de vida. Acreditamos na alma eterna, praticamos
virtudes, temos compaixão. Partimos da verdade que a vida é
sofrimento e que precisamos de consciência para fazermos
as escolhas certas e termos serenidade para assumirmos os
nossos erros", diz Fábio Hayama, que vem de família
budista e freqüenta o templo Nyorenji ao lado do marido
Antônio de Pádua, que converteu-se há três anos. "Esse é um
modo de vida permeado pela consciência", diz ele, que reza
diariamente em casa e vai ao templo pelo menos uma vez na
semana.
Segundo o professor do departamento de teologia da
PUC do Paraná, Luiz Alberto de Souza Alves, a grande
diferença é que as religiões ocidentais são como paixões,
enquanto no Oriente religião é vida e sua prática é para ser
usada no dia-a-dia, como instrumento para se viver melhor. A
partir disso, é que muita gente tem procurado o Budismo e
usado algumas de suas práticas como forma de equilíbrio e
harmonização do corpo, mente e espírito.