Page 5 - Revista Lotus-Mes-04-2005-N67
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Havia um homem que gostava de caçar. Durante suas caçadas,
        por algumas vezes, pousou num templo budista com a permissão do
        monge responsável. Acordava cedo e partia todas as manhãs para mais
        um dia de caçada, e sempre voltava alegre pelo feito do dia. A vida
        passou, um dia esse homem adoeceu e em seguida faleceu. Após o seu
        falecimento, soube-se que, pelo carma negativo que criou cometendo
        matanças indiscriminadas, caiu ao sofrimento infernal. Ele aceitou o fato
        de estar pagando pelo que ele fez. Porém, lá de onde ele se encontrava,
        tratou de odiar o monge, que não foi capaz, que não teve a compaixão
        de alertar-lhe sobre o grande erro que cometia.

             Este homem de forma alguma passou a responsabilidade ao
        monge, mas também, pode-se dizer que o monge não está isento da
        responsabilidade, pois poderia pelo menos tê-lo alertado.
             É  exatamente sobre isso que este ensinamento nos transmite,
        para não sermos cúmplices e malditos posteriormente.
             É  claro que cada qual faz por si mesmo. Não podemos fazer
        pelos outros, mas podemos ao menos influenciar as pessoas a fazer em
        melhor e de modo correto, e assim, vi vermos de consciência tranqüila
        perante ao Gohouzen, por termos cumprido com a missão nos dada
        como seres humanos e fiéis.
             Principalmente no que diz respeito à prática da fé, precisamos
        alertar as pessoas em relação a sua importância e prioridade, para, no
        futuro, não sermos cobrados por aquilo que prometemos ao Gohouzen
        fazer e exercer, a compaixão. Este é o caminho que devemos trilhar e
        que nos leva direto rumo à iluminação e recebimento mútuo das
        bênçãos.
                           Bispo Kyohaku Correia/Templo Nyorenji
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