Page 4 - Revista Lotus-Mes-09-2005-N72
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O valor de ·uma pessoa se mede pelo que ela faz
durante a vida inteira e não pelo fato de apenas de ter vivido
uma longa existência. De um ponto de vista religioso não existe
limite na nossa produção espiritual, e é exatamente este fator
que nos proporciona viver sempre aumentando a nossa
qualidade de vida.
Podemos dizer também que a religião existe como fator
orientador da vida. Neste ponto pode-se se dizer que as religiões
se assemelham entre si. Mas se estudarmos melhor a origem
de cada uma das religiões verificamos que podem se dividir em
dois grandes tipos:
Aquela fundada por alguém que recebeu
indicação ou mensagem direta do céu (Deus).
Assim passa a ser a fundadora dessa religião a
pessoa que foi a portadora da mensagem.
E aquela fundada pelo homem que despertou,
pela prática ascética, para os mistérios divinos,
passando a ensinar aos seus seguidores o que
conseguiu com o seu despertar.
O cristianismo pertence ao primeiro tipo e o budismo ao
segundo. É preciso frisar, entretanto, que não negamos a
existência do divino entre os homens. Mas é inegável que
sentimos afinidade e afeição àquele que permanece próximo de
nós.
É como uma criança que vai pela primeira vez a escola,
há pais que ensinam verbalmente o caminho e deixam a criança
ir sozinha, outros pais pegam sua mão e caminham juntos,
ensinam passo a passo para depois então prossegui-lo só.
Parece evidente que as crianças aprendem com maior
facilidade se tiver perto de si, a mão amiga dos pais. Mas ambas
as maneiras de educar estão certas. Na religião existe também
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.; diferenças de comportamento na orientação.
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