Page 12 - Revista Lotus-Mes-08-2007-N95
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Lotus Revista Budista
• houvesse nenhuma reação da nossa parte. O mulato perguntoupara
o meu colega se ainda chegaria mais alguém. Ele respondeu que a
sua esposa estava esperando sozinha por ele no carro, o meu co
lega pediu que não fizessem nada com ela que a deixassem em paz,
mesmo assim um dos bandidos foi buscá-la e trouxe ela também para
o interior do escritório.
O bandido que chegou primeiro nos pediu as chaves dos
caminhões. Meu filho respondeu que estava na bolsa sobre a mesa.
Então despejaram todas as chaves e escolheram três delas que es
tavam identificadas com o numero das placas dos caminhões. Sendo
assim não tiveram muito trabalho para escolher qual caminhão iram
levar.
O primeiro veículo escolhido era uma caminhonete F100 com
kit a gás, mas a marca da caminhonete estava trocada. Na verdade
era uma f1000 e talvez tivessem confundido com um veículo a diesel.
Tentou ligá-la, mas não conseguiu. Então ele gritou porque não estava
funcionando. Meu filho respondeu que ela estava com problemas na
parte elétrica. De fato estava mesmo. Era para o meu eletricista ter
vindo alguns dias antes para fazer o conserto, mas por algum motivo
não pôde vir.
Enquanto o primeiro bandido tentava funcionar um outro veí
culo, pessoas começaram a entrar na minha agência sucessivamente.
O filho de um dos clientes que ali estava entrou trazendo um maço de
dinheiro para entregar ao seu pai, o bandido mulato não notou que era
dinheiro, pois estava embrulhado em papel.
No final, lá pelas 18:40 h estávamos exatamente em 12 pes
soas e todos nos permanecíamos quietos e sentados.
Eu ali sentado diante de um dos bandidos imaginei tantas
coisas na minha mente, só esperava que ninguém tentasse alguma
reação, pois poderia ser fatal.
O mulato que nos vigiava dentro do escritório começou a res
mungar: "Pó não para de entrar gente aqui!", alterou a sua voz. Em
Ili