Page 21 - Revista Lotus-Mes-07-2009-N106.html
P. 21
HBS Budismo Primordial
era visível que a única intenção dos presentes era orar. De pronto,
e sem qualquer delonga começaram a entoar o mantra sagrado
"NAMUMYOUHOURENGUEKYOU"!
Fiquei me perguntando o que estava acontecendo, pois os fiéis
entoavam aquele cântico enquanto o sacerdote ainda vestia o traje
cerimonial. Não sabia que estavam orando antes do início do rito
litúrgico.
Naquele momento eu não fazia a menor idéia do que estava
ouvindo ou do que estava acontecendo, mas sentia o deslocamento
de energia na sala! A sensação era idêntica a de estar na frente de
um aparelho de som muito potente, quando se sente o som vibrando
no peito, a diferença é que ali estavam apenas umas doze pessoas
orando e eu me encontrava atrás delas. Eu não estava sentindo
sonoridade, mas sim energia!
Ao término do culto eu me sentia feliz, com uma sensação
de plenitude que a muito não experimentava. Fui então conversar
com o Odoshi e comecei a lançar uns cem números de perguntas.
Sinceramente não me recordo de tudo que perguntei, mas sim da
atenção em ouvi-las e da paciência em respondê-las por parte do
Odoshi e dos amigos ali presentes. A conversa fluiu ininterrupta
durante todo o almoço e ao fim recebi novo convite, agora para
conhecer o templo Butsuryuji.
Naquela tarde fiquei muito ansioso para conversar com minha
namorada e contar tudo que havia acontecido, e principalmente
descrever a sensação que tive durante todo o culto, e me lembro que
ao final da conversa ela me perguntou se eu iria me tornar budista.
No transcorrer da semana fui até o templo e lembro como se
fosse agora do sorriso amigo com que o Odoshi me recebeu. O culto
foi realizado apenas na minha presença e da Sra. Tiemi, esposa do
Odoshi, e ao término retomei a conversa e as perguntas iniciadas no • - ., .
�
domingo anterior.
A partir daquela manhã, fui retornando ao templo todas as
semanas em busca da paz interior que encontrei. Foi uma grande
felicidade quando o próprio Odoshi me ofertou o protetor pessoal, e