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Lotus Revista Budista
- Como o Sr. sabe disso?
Ele disse que estava escrito em meu olhar. Confesso que fiquei meio
com medo, mas ao mesmo tempo não era aquele medo quando sentimos do
mal. Percebi que havia uma energia muito forte no ar naquele momento,
sentia como se um mundo novo estivesse se abrindo a minha volta.
Conversamos mais um pouco, então ele me fez um convite para vir
domingo conhecer o templo, assistir a um culto. Disse-lhe que eu iria vir sim
com muito prazer.
Como se num passe de mágica, estava eu domingo assistindo
ao culto, encantado com o altar sagrado. Não sei por que, mais acho
que já fui oriental, digo, japonês em gerações passadas. Admiro
muito suas histórias, filosofias de vida, sua educação, postura etc.
Na academia onde treino, meu mestre, sem saber que gostava da religião
budista me pôs o apelido de monge. Fiquei muito contente com este apelido.
Logo no segundo domingo já fui convertido e recebi do meu padrinho, Sr.
Haru, meu terço budista juntamente com meu protetor pessoal.
Sr. Haru disse-me sobre a importância de fazer nossas orações todos os
dias de manhã e a noite.
No dia seguinte tive uma das provas em que tinha dificuldade.
Entrei na sala, calmo, com uma paz que nem eu sabia de onde
vinha. Segurei meu protetor pessoal e comecei a pronunciar o
Namumyouhourenguekyou. O professor que estava entregando a prova,
que estava para começar, perguntou-me o que eu estava fazendo. Disse a
ele que eu era budista e que estava fazendo minha oração. Para minha
surpresa ele me disse que não costumava passar nem um aluno que ficasse
de exame, que a prova estava super difícil e que era melhor desistir.
Disse-lhe que não, pois venho de tão longe, gasto gasolina todos os dias
na Outra e já que estou aqui, irei fazer a prova. Então, tirando sarro, falou:
- Quero ver se seu Buda vai te ajudar.
Peguei a prova, olhei-a e foi como eu estivesse vendo todas as respostas
na minha frente. Terminei a prova, ele corrigiu na hora e não acreditou na