Page 13 - Revista Lotus-Mes-07-2010-N110
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IIBS  Budismo Primordial



    era longe, isso eu também me assustei.
         Também, de carro, do Templo à residência de um fiel que promovera
    um culto residencial, demorou 2 horas. E de um Templo para outro 7 horas,
    para mim isso foi uma experiência inédita. No começo, eu me assustava quan­
    do me falavam isso, mas logo me acostumei.
    Eu sei que muitos se cansam pela longa distância e pelo sono, mas os sacerdo­
    tes daqui e os fiéis também, sem medir esforços, com certeza, com isso estarão
    acumulando incontáveis virtudes.
         Além disso, há muitas coisas de ficar de boca aberta. Mas, por muito
    tempo, para as pessoas que sonhavam com a Butsuryu-shu no Brasil, isso se­
    riam coisas óbvias, mas na verdade isso é uma coisa muito extraordinária. E
    mais uma coisa, cuidado na hora de dirigir!!
    Espanto 2: A facilidade da pratica da fé, gratidão.
         No Japão, para comprar um objeto como vela e incenso, tudo isso se
    vende perto de qualquer casa. Objetos de outras religiões como terços, sutras,
    vendem ao lado de chocolates e chicletes no caixa do mercado, mesmo pa_ra
    os japoneses isso é estranho, mas   Brasil eu acho que isso é algo inimag­
    inável, me sinto triste quando vejo essas coisas.
    Ao contrário, uma coisa que me surpreendeu, foi que o terço como a almofada
    do sino são na maioria feitas à mão pelos fiéis. No Japão, essas coisas você com­
    pra na loja e aqui os fiéis que precisam produzir para utilizar.
    No Japão, velas, incensos, etc., tudo se tem praticamente na mão, até agora eu
    não tinha percebido o privilégio que eu tive até hoje, por isso me sinto muito
    grata, claro que nós não percebemos esses fatores. Eu aprendi a ter gratidão,
    muitas vezes o que para todos parece ser óbvio, se olharmos com outros olhos é
    algo muito gratificante.
    Espanto 3  Os relacionamentos do Seinenkai
    Eu fiquei surpresa com o número de casais adolescentes que participam e aju­
    dam nas atividades do Templo. No Japão, ainda há um pouco de receio em le­
    var o parceiro ao Templo. Por isso, mesmo que eles se esforçem nas atividades
    religiosas, ainda são poucos que levam seus namorados (as) para o Templo.
         As meninas do seinenkai do Brasil falam:
    - Se meu namorado não se converter, eu não caso com ele!
    Fiquei su  para mim, não é uma coisa que se vê sempr  Namor�  �
    com alguém que é da religião, com certeza, é um elo recebido do Darma Sa­
    grado. Isso também é uma semente plantada, é a prova de que aqui as pessoa se
    entregam totalmente à fé.
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