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com um idoso. Foi quando per- te. Perguntou ao seu servo quem
cebeu que todos infalivelmente era tal criatura e obteve a res-
envelhecem, enrugam e enfra- posta de que era um monge pe-
quecem chegando ao ponto de regrino, dedicando-seà prática
ter dificuldade para andar. Vendo ascética abstendo-se dos dese-
essa realidade, retornou pensa- jos em busca da paz de espírito.
tivo ao palácio. Depois quando Dessa forma Sidarta decidiu-se
saiu pelo portão sul, ao encon- pelo sacerdócio. Aos 19 anos,
trar com um doente viu a dor numa certa noite, apenas em
companhia de seu fiel cochei-
ro Chandaka, abandonou o pa-
lácio,deixando esposa e filho.
Seu pai,assim que percebeu a
sua partida, enviou cinco ser-
vos para persuadir Sidarta a
voltar.Mas como Sidarta sequer
se moveu, os servos se uniram
e se juntaram à prática ascéti-
ca. Dedicaram-se tanto que de-
sistiram de voltar ao palácio.
A primeira prática objetiva-
da por Sidarta foi a de fixar a
mente em um ponto e meditar
profundamente, pois essa prá-
tica já existia na Índia e era po-
e incerteza da vida. Condoeu-se pular entre os ascetas, antes
profundamente e retornou ao mesmo da difusão do budismo.
palácio. Na sua saída pelo por- Logo após a sua saída do
tão oeste viu o cortejo de um castelo, Budahavia pratica-
funeral e a morte. Concluindo do com os eremitas Uddaka-
que as pessoas nascem, enve- -Rāma-putta e ĀlāraKālāma,
lhecem, adoecem e morrem, e rapidamente alcançou o es-
retornou perplexo ao palácio. tágio de ambos. Os eremitas
E por último, quando saiu então propuseram administrar
pelo portão norte encontrou um juntos uma legião. Mas Sidar-
monge peregrinando puramen- ta recusou, pois percebeu que
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