Page 12 - Revista Lotus-Mes-10-2000-N13
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Revista lórus
CAMINHO DA FÉ VII
Segundo capítulo, segundo item: Nitiren Daibossatsu (continuação da n.
11).
6) A crítica de Nitiren quanto ao budismo Zen da "Própria força"
e da "Força alheia" do budismo da Terra Pura (Dyoudo Shinshuu)
Podemos dividir o budismo do Japão em
dois grandes blocos. O primeiro é o das religiões
que fazem parte da prática centralizada na própria
força do indivíduo (Diriki, própria força) e o
segundo das religiões pregam unicamente a
dependência da força alheia (Tariki, força
alheia) . O maior representante do primeiro bloco
é o Zen e o do segundo bloco o budismo da Terra
Pura.
É sabido e marca registrada que o Zen
não adota os sutras de Buda. Tem como prática principal a meditação que
objetiva a visualização, conscientização e lapidação do Buda inerente a
sua natureza. Portanto, é de um nível intelectual muito alto e na época em
que surgiu popularizou-se muito na classe dos Samurais para fortalecimento
mental. A razão de ter se popularizado no ocidente e principalmente nos
EUA também, foi devido a conscientização do infortúnio que traz o
materialismo e método de desprendimento para se valorizar mais o ser
interior.
Entretanto, Nitiren Daibossatsu adverte esta prática citando que
não há prática budista que não adote o próprio ensinamento de Buda ou
que diz existir outra prática além da ensinada por ele. Também, que o fato
de não terem um objeto de adoração como o Gohonzon os tornam arrogantes
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