Page 18 - Revista Lotus-Mes-09-2001-N24
P. 18
Rcvist� lóms
Ü Sino é tão tradicional no
budismo e exerce um
significado tão místico que é
a frase inicial de uma das
maiores obras literárias de
toda a história do Japão, a
chamada "A História do Clã
Heike" que começa com a
seguinte frase:
"Guion Shoudya do Kane no koe, shogyou mudyou 110 hibiki Ari" Além
da obra ser famosíssima, sua primeira frase é hors-concours e épico.
Interpretando em português seria:
"O soar da voz do Sino (Bonshou), do mosteiro Guion, ecoa o som da
impermanência de nossos atos".
Primeiramente, esta obra mostra a tamanha influência que o budismo
exerce na cultura japonesa e principalmente na cultura filosófica oriental, a
mesma que aprofunda em todos os aspectos a filosofia ocidental. Também,
cita o nome do mais famoso dentre os cinco mais famosos mosteiros
budistas ( l.Guion Shoudya. 2.Tikurin Shoudya. 3.Dairin Shoudya. 4.Seitarin
Shoudya. 5. Narandaji) que já existiram na história do budismo e que foi
construído e oferecido diretamente ao próprio Buda.
(O Tikurin Shoudya foi o primeiro templo e mosteiro budista do mundo).
A fama deste mosteiro Guion deriva-se do fato do Nobre Shudatsu ter
encontrado o terreno ideal para Buda doutrinar seus discípulos e passar o
período das monções (Ango). Porém, o dono, príncipe Jeta (Guion), não
queria vendê-lo, a menos que o nobre forrasse toda a extensão do terreno
com moedas e de ouro. Por mais rico que fosse jamais conseguiria tal feito.
Mesmo assim, o Nobre iniciou o trabalho de forração. Convocou todos seus
servos e preencheu toda a extensão que põde do terreno com todas as
riquezas que possuía. Tamanha espontaneidade, pureza de espírito e esforço
sensibilizaram o príncipe Jeta que acabou por ceder- lhe o terreno que tanto
desejou para poder oferecer ao Buda.
- UI -