Page 4 - Revista Lotus-Mes-08-2002-N35
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Gokyouka n. 2475



     Houmon wa kikassu o mimi no yaku ni shite
            Kokoro ni somuru bito zo sukunaki


          Ensinamento do Grande Mestre Butsuryu Kaidou Nissen Shounin.
          O Grande Mestre nos ensina sobre a importância de se ouvir atenta e
     seriamente o Discurso Religioso, o Gohoumon.
          O Gohoumon, ou Discurso Religioso, é o discurso proferido pelo
      sacerdote abordando os ensinamentos para a correta prática da fé. Ele é sempre
     fundamentado nos Gokyoukas, versos do Grande Mestre Nissen Shounin, e
      nos Gomyouhan, citações do Grande Mestre Nitiren Daibossatsu.
          Essa denominação Gohoumon foi feita pelo Grande Mestre Nissen
     Shounin,justamente para diferenciar os termos usados por outras religiões e
     ensinar os verdadeiros ensinamentos de Buda.
          O Gohoumon é para os fiéis o alimento da fé. Sem ele é como o corpo
     que se enfraquece por falta de vitaminas.
          O ato de ouvir é bastante importante na vida do ver humano. Desde a
     mais tenra idade já se exercitam os ouvidos. Os primeiros conhecimentos da
     nossa vida, mesmo ainda na barriga da mamãe, diz-se, o feto já pode escutar
     ( ou perceber) os sons vindos de fora. A maioria dos médicos aconselha os
     pais a conversarem com seus filhos na barriga da mãe, para que estes já se
     acostumem com as suas vozes.
          Depois do nascimento, a criança irá, pouco a pouco, assimilando os
     sons, imitando os sons que são proferidos pelas pessoas que estão à sua volta,
     pais, irmãos, avós, tios, etc. Assim, ela aprende a falar.
          Na fase escolar, repete-se o mesmo processo. É imitando os sons da
     professora que o aluno consegue aprender a ler e escrever. Na seqüência, é,
     também,  ouvindo  que  se  aprende  e  se  desenvolve  a  capacidade  de
     conhecimento e da inteligência humana.
          Conseqüentemente o ato de ouvir acompanha o ser humano desde a
     fase fetal até a fase adulta e, quiçá, senil.
          Portanto, na fé também não poderia ser diferente. Na nossa fé o ato de

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