Page 26 - Revista Lotus-Mes-09-2002-N36
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Entendi que nossa conversa ali se encerrava. Dali pra frente depen­
      dia de mim. Perguntei ao Mauro como fazê-lo e logo passei a freqüentar os
      cultos no Templo Butsuryuji em alguns sábados.
           O Bispo que lá celebrava vinha de Mogi das Cruzes, hoje Arcebispo
      Sai to. Isso ocorria apenas uma vez por mês, dada a dificuldade de se ter
      celebrantes naquela região. Por isso, o culto era longo, cerca de duas
      horas. Ainda, era celebrado todinho em japonês.
           Não entendia nada,  apenas repetia os movimentos e  tentava
      pronunciar as palavras que me ensinaram.
           Lembro-me que tive oportunidade, logo no primeiro culto,  de
      participar de cultos assistenciais. Que até eram bem divertidos. Havia fiéis
      que moravam em locais muito distantes,  como os agricultores. Naquela
      ocasião fomos em várias residências em Taubaté, Pindamonhangaba,
      Caçapava ... tudo num só dia. Eram formadas caravanas [Jara dar lugar a
      todos que desejassem ir aos cultos. Em cada residência era servido um
      delicioso lanche. Comíamos em todos.
           Algo logo me surpreendeu naquelas pessoas, eram tão serenas,
      que me parecia que  nada de mal poderia atingi-las.
                    É importante dizer que nessa ocasião estava em um mo­
               mento muito bom de minha vida, pessoal e profissional, apenas a
               fülta de uma religião me incomodava.
                    Em 23 de outubro de  1995,  dia de meu aniversário,
               converti-me ao Budismo no Templo Butsuryuji. Meu amigo Mauro
               foi quem me ingressou e o Arcebispo Saito foi quem relatou meu
               ingresso.
                    Muitas  coisas  aconteceram  desde  então.
               Aproximadamente em 1997 iniciava-se um momento difícil com
               a minha separação e a decisão de vir embora para Curitiba ( onde
              estou já há quase quatro anos). Mauro, talvez percebendo algo,
           ll- 1 �   me sugeriu a instalação de um Gohonzon em minha casa. Conversei
               com o Arcebispo Sai to que se prontificou em marcar o dia. Eu
             ;to
            \ t  não sabia o que fazer. Ele disse-me para fazer apenas um chá
          J   para oferecer às pessoas que lá iriam orar.
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