Page 5 - Revista Lotus-Mes-08-2007-N95
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do homem, na natureza, criação etc .. pode ser resumida da seguinte forma:
O Budismo, sim, acredita numa Única Divindade Suprema, que chamamos
de Buda Primordial e o despertamos dentro de nós através da oração e
Mantra Sagrado, Namumyouhourenguekyou (causa.essência e semente da
iluminação). A partir deste fato, podemos entender que, se o Buda Primor
dial existe dentro de nós, basta questioná-lo que saberemos a resposta de
tudo que desejamos. Em outras palavras nunca aparecerá alguém para
responder cerno aconteceu isso, aquilo, o que deve fazer pela sua existên
cia, como o universo surgiu etc.
Por mais que pareça impossível, se ainda assim, alguém aparecer dizendo
todas as verdades sobre o universo e neste momento você não estiver
despertado o Buda Primordial dentro de si, não terá como compreender.
Simplesmente ficará sem saber e não entenderá nada. Por outro lado, se
tiver o Buda Primordial despertado dentro de si, não precisará que alguém
apareça para lhe dizer o que você mesmo terá capacidade para
compreender e principalmente agir em função dessa cempreensão.
Quando atingir (receber pela fé) a iluminação, despertará automaticamente
para tudo isso que está na nossa cara e não somos capazes de cem
preender. Tal cerno através da fumaça vemos o fogo, quando se recebe a
iluminação, automaticamente despertamos para as causas e respostas que
o universo tem e sempre nos fornece.
O Buda Primordial, não é uma personalidade. Apesar de costumeiramente
ser personificado por muitas pessoas é uma energia e essência, que existe
mesmo em se tratando do mais extremo vácuo ou aparente vazio que o uni
verso poderia ter sido antes que tudo existisse ou mesmo depois de ter se
apresentado na forma em que se apresenta. Por isso o Buda Primordial não
nasceu, não tem cemeço, portanto, também não tem fim. Nossa existência
cósmica também, o Budismo Primordial parte deste pressuposto básice.
Nunca poderemos compreender algo tão cemplexo e universal através
da somatória de tão pouces fragmentos (conhecimento que temos). Um
mínimo detalhe nos desviaria da cempreensão cempleta e correta ( a visão
universal).
Tudo que se cria, acaba se descriando, e não por vontade divina. Pela lei da
causa e do efeito. Tudo que sobe, desce. Tudo que nasce morre. Por isso,
nem mesmo veneramos o Buda que nasceu e se ocultou (Buda Transitório).
Primordialmente interpretando, de fato, não morremos, simplesmente
regressamos ao nosso estado primordial quando cenduzidos pela causa es
sência e semente da iluminação. Caso centrário seguiremos apenas o
li