Page 15 - Revista Lotus-Mes-01-2008-N100

Ano 9. Edição n 100
°

Analisando o Brasil desde o período final da Segunda Guerra
Mundial, o vejo muito mudado, principalmente no aspecto
religioso. Agora já podemos dizer que somos budistas sem
causar tanto estranhismo, como acontecia há décadas. Creio
que, doravante, o Brasil possa investir muito mais na cultura
e espiritualidade, para que uma verdadeira miscigenação
aconteça e assim sirva como grande modelo para o mundo.
Algo que pelas características que tem, só o Brasil pode fazer.

2- O senhor só vai a outros países para promover a paz
e o progresso da comunidade. Quais os principais prob­
lemas do Brasil, na sua opinião?

Vou a diversos países, mas o que mais se escuta no exterior
a respeito do Brasil, além da desigualdade social, é o prob­
lema da violência. Infelizmente este lado negativo tem sido
foco de muitas notícias a respeito de um país que tem incon­
táveis qualidades, porém, mal exploradas. O lado alegre do
brasileiro é invejável, todavia, tal alegria precisa ser canali­
zada na superação das dificuldades e para dar cabo de todas
as determinações, não deixando-as ficar apenas no limite de
bons momentos.
3- Qual a melhor maneira de resolvê-los?

O Budismo Primordial segue o Sutra Lótus. Tido como o mais
sublime ensinamento de Buda, prega que tudo pode se re­
solver somente pela prática da fé e da compaixão. Em outras
palavras, pode-se dizer que existem várias formas de solução,
todavia, se este espírito não estiver inserido nessas prováveis
soluções, não haverá pleno êxito. Fé é o sentimento que o faz
acreditar na divindade suprema e a compaixão é este senti­
mento colocado em prática.