Page 18 - Revista Lotus-Mes-01-2008-N100
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lhos, todavia, nao podemos exercer cargos po |t|cos e ne _
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nhuma outra prossao, ao mesmo tempo que exercemos 0
sacerdocio.
8- Qua! a opiniéo do senhor sobre o conito no Tibet,
um dos Bergos do budismo?
As pessoas cobram dos budistas reagoes pacicas, sereni-
dade e equilibrio. O Tibet tem sido exemplo de resisténcia
pacica e muitas pessoas foram sacricadas em nome disso.
Todavia, em muitos casos a midia prefere apresentar os
casos considerados excegoes dos que os fatos generalizados.
Sao anos de resisténcia pacica e devido a isso revoltas tor-
nam-se inevitaveis quando as pessoas sentem-se sufocadas.
Mesmo assim todos os budistas véem o caso como motivo
de profunda reexao e que qualquer atitude violenta deve
ser evitada, caso contrario, resolve-se um problema e cria—se
outro. A solugao seria, independente de interesses politicos,
o mundo se compadecer verdadeiramente. 0 mundo se une
em torno de uma Olimpiada, de Iangamentos de informatica,
de carros, moda, educagao etc. Por que nao entao unir-se
também em torno dessa causa, independente das diferen-
gas? Cogita-se até sobre atos terroristas nos Jogos Olimpicos
em Pequim. Acredito que nao devemos viver uma vida de
receios, e tampouco reagir com violéncia diante do medo.
Se deixarmos de fazer o que devemos fazer por opressoes,
sera o mesmo que ceder diante delas. Se recuar trouxer paz,
entao recuar é o ato mais corajoso. Todavia, ao invés disso
buscar uma solugao pacica para esta questao, sem dvida
trara a solugao para muitas outras que estéio por vir.
9- Como o senhor decidiu ser monge?
Ja nasci dentro de um templo. Meu pai era o bispo e discipu-
lo de Nitikyo, aquele que enviou Ibaragui Nissui para estab-
elecer o budismo no Brasil. Felizmente cresci dentro de