Page 20 - Revista Lotus-Mes-01-2008-N100
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mos quatro anos pretendo retornar ao Brasil, acompanhar e
incentivar todas as atividades em diversas comunidades.
11- Quais os próximos projetos do senhor? Vai visitar
algum outro país este ano?
Continuar a internacionalização do budismo. Se é uma re
ligião que ganha força cada vez mais ao longo de quase três
mil anos de existência, é porque tem muito a oferecer, prin
cipalmente em dias como hoje. Dialogar a favor da integra
ção dos povos e religiões, se mostrar uma religião capaz de
abraçar causas de níveis mundiais solucionando-os simples
mente pela conduta e a consciência de seus praticantes será
nosso desafio contínuo. O Budismo pode tirar as pessoas
da guerra, da fome e da violência, pois, faz o ser, mesmo
aquele que se encontra nas profundezas do inferno, acreditar
que pode também atingir a iluminação e que nem tudo está
perdido. Levar esse tipo de esperança e atitude às pessoas,
principalmente neste pós-100 anos, fará parte de um grande
projeto.
12- O que acha do aumento do interesse pelo budismo
por parte dos brasileiros?
Felizmente o praticante budista é alguém muito cobrado por
suas atitudes. A própria sociedade vê um seguidor budista
como alguém da paz, que busca a tranqüilidade e harmonia
em quaisquer circunstâncias. Por isso, as pessoas que alme
jam este equilíbrio, procuram o budismo. Chega-se ao ponto
de, até mesmo quem não é budista, cobrar atitudes budistas
de um budista. Isto é, a paz e serenidade já viraram marcas
do budismo e isso ajuda-nos na própria lapidação. Todavia,
é importante lembrar que o budismo quando praticado como
religião, como é o caso do Budismo Primordial, gera um de
/ terminado efeito e resultado em nossas vidas. Mas quando
praticado apenas como metodologia de vida, sem a fé e a
lfi mpaixão, acaba encontrando limitações em nossos egos e