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veneramos é a Divindade Absoluta é o Buda Primordial. Portanto, não existe
a necessidade de ostentarmos outras imagens, coçar barriguinha de um ou
colocar de ponta cabeça outros ... Muito menos também, de imaginarmos al
gum tipo de sorte ou azar, pois aprendemos no budismo que nada acontece
por acaso, mas sim, que tudo é fruto do seu esforço e merecimento advindo
da sua virtude da prática da fé e oração do Namumyouhourenguekyou.
º
Fonte: Revista Lótus n 41 Pg.16
2. Qual é a visão budista sobre: Aborto, perdão, casamento,
doença, Jesus Cristo?
Aborto: Somos contra. Também somos contra condenar de modo re
ligioso quem cometeu. O budismo prega à consciência. Devemos rezar para
que as pessoas tenham consciência da importância da vida e que sejam
responsáveis pelos seus atos. Oramos por todos falecidos abortados e suas
respectivas mães, que não encontram orientação adequada para superarem
a dificuldade de conviver com este peso.
Perdão: Çada um deve fazer por merecer. Eliminar o carma negativo
corresponderá ao perdão que concederá a si mesmo. Podemos até perdoar,
mas isso não eliminaria a causa negativa que foi gerada. Assim, como foi
gerada, também pode e deve ser eliminada. Casamento: Importante para se
fortalecer pelos laços familiares. Ao ser humano é impossível viver de modo
isolado.
Doença: Conseqüência de disfunção física que naturalmente ocorre
quando vivemos fisicamente. Um dos quatro inevitáveis sofrimentos da vida.
Porém, com muitos cuidados e força de fé, podemos superá-la e até mesmo
aprender com ela.
Jesus Cristo: Após receber a mensagem divina no momento do
batismo e ter assumido o compromisso de expansão, tornou-se precursor do
cristianismo. Já no segundo ano de peregrinação foi crucificado por Judeus,
politicamente fortes que eram contra as suas pregações. Por ter pregado
o bem num período que ainda fazia parte dos primeiros mil anos após o
regresso de Buda ao Estado Primordial, podemos considerá-lo como um
Bossatsu Transitório, ou seja, a quem ainda não cabia missão de difundir
o Sutra Primordial, apenas concedido ao Bossatsu Primordial Jyougyou. A
afirmação que fez sobre a sua morte ter eliminado os pecados de todos dos
seres é contraditória à doutrina budista primordial que prega a extinção do
carma negativo por parte da ação de fé de cada um. É também contraditória
à realidade que vemos. Ou seja, a partir da Lei da causa e do efeito, nin
guém pode pagar pelo mal que outrem cometeu, ou receber pelo bem que
outrem realizou. Cada um deve desenvolver em si e em outrem a consciên-
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