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        eia do esforço incondicional em praticar o bem e eliminar o mal. Capacitamos-
       nos disso a partir da prática da fé do Namumyouhourenguekyou. Há pessoas
       que perguntam se refutamos mestres e líderes religiosos de outras facções.
       A orientação muitas vezes, aparentemente critica, se fundamenta no princípio
       da responsabilidade da compaixão e necessidade de visualizarmos todos os
        seres a partir da unicidade que o Gohonzon representa, e que nos faz orar
       por todos os seres de forma indiscriminada.
                     º
        Fonte: Revista Lótus n 33 Pg 16

             3. Como é o casamento e o amor na visão budista?
             O sentimento no budismo é tido como o alvo mais importante da
       prática. Caso não seja capaz de controlá-lo ele será seu eterno controlador.
        Também, o sentimento é o alvo mais
        impalpável e transitório que se possa
       existir.  É  o símbolo da impermanên­
        cia. Mas, quem não gosta de gostar?
        Até mesmo o não gostar é um tipo de
       gostar. Amar, ser pego por uma profunda
       paixão, viver fortes emoções e outros ...
        Tudo faz parte da vida, das suas fases e
       objetivos.                                 ■
       Amor: Existem dois tipos de amor: um
       que, apesar de profundo e motivador,
       é por fim egoísta por estar relacionado
       diretamente aos nossos desejos.Tam-  f
       bém pode ser chamado de Amor Macu­
       lado (ossen-nai). Outro, por se colocar
       acima de qualquer circunstância adversa
        e não deixar se levar por sentimentos
       momentâneos, é muito mais profundo, por esse amor é capaz de sofrer e
       ainda sentir prazer, pois a sua causa é nobre. Geralmente é representado
       pelo amor de uma mãe. Este amor é chamado de Amor Imaculado (fuzennai).
        É  o tipo de amor divino que cada um de nós possuímos, e que apenas não o
        desenvolvemos pelo apego demasiado ao primeiro tipo de amor.
        Quando praticamos a fé do budismo do caminho primordial, aprendemos e
       ouvimos ensinamentos que nos direcionam ao segundo tipo de amor. Só vale
        a oena sofrer quando tiver a certeza de que determinado tipo de sofrimento
        acabará. E sem fé não há certeza. Logo, devemos concluir que para amar­
       mos verdadeiramente precisamos ter fé para que possamos superar todas as
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