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acreditar na iluminação própria e mútua.  Não siga os impulsos da depressão,
        mas sim os sinais da cura.
             Quanto ao que pode ocasionar a depressão, é caso por caso.
             Também pode se dizer que todo mundo tem um pouco de depressão,
        porém, nem todos permitem que ela tome conta de você. O mal existe, mas
        se não permitir que ele lhe influencie, então será o mesmo que não existisse.
        É assim que enfrentamos tudo aquilo que parece nos atingir, não simples­
        mente de frente, mas principalmente com uma mente superior ao do prob­
        lema. Afinal, tanto o problema quanto a cura, ambos existem dentro de você
        mesmo. Sendo assim, dependerá de você, se realmente quer se curar ou
        curtir um pouco mais este estado instável identidade que gera o sofrimento e
        leva por fim a inação.
             Você é um 'Ser', acima de tudo predestinado á iluminação, por isso,
        toda vez que remar contra ela, estará contrariando sua natureza e isso acar­
        retará sempre em algum tipo de sofrimento.
             Finalizando, também podemos dizer que a fé, no Sutra Lótus, tal
        como Buda o fez, é o melhor dos remédios, pois não só cura as doenças
       1   naturais, como principalmente cura também nossas doenças cármicas. E por
        nos libertar dessa forma, nos transforma na causa de uma solução e não no
        agravante de um problema.
        Fonte: Revista Lótus n 56 Pg 25
                     º
               74. Como acontece o encontro com o equilíbrio?
             O budismo popularmente é indicado para adquirirmos o equilíbrio
        tisico, mental e espiritual (será que precisamos de mais alguma coisa?).
        Existem muitos médicos que orientam seus pacientes a buscarem ajuda no
        budismo, e é o que muitos fazem. Todavia, vêm e buscam no budismo uma
        prática que consideram passageira e com um específico objetivo que é tran­
        qüilizar a mente. É o que o budismo oferece também, mas não é o que tem
        como objetivo principal.
             O budismo primeiramente existe como religião. Ou seja, não é des­
        cartável depois que concretiza seu objetivo pessoal e mundano. Se pensar
        dessa forma, desde o início estará obstruindo o caminho da concretização.
        O budismo primordial da HBS, o orienta para o encontro consigo mesmo e
        'principalmente' com o mundo que o acerca. Afinal é dentro desse equilíbrio
        de 'relações' que a felicidade vai surgindo. A busca do equilíbrio e a concret­
        ização do objetivo budista não deve ser feita distante do mundo real ou dentro
        de um isolamento.
             Então esta pessoa deve estar disposta também a oferecer todo o
        seu tempo, todo o seu ser, e não apenas alguns dias ou algumas horas.
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