Page 20 - Revista Lotus-Mes-10-2001-N25
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Revis� lónts
       20 Quem bate em tom suave, num bom ritmo, transforma o ambiente de oração num verdadeiro
       paraíso. A harmonia do ambiente em que se reza pode se transformar totalmente pelo toque das
       clavas.
       21 Parece ser fácil bater, mas dificilmente  encontramos pessoas hábeis no uso das clavas.  Muitos
       se acham bons batedores,  entretanto, são poucos aqueles que são considerados assim.
       22 É fácil bater.  Basta resistir e exercitar, todos os dias, que poderá superar a dificuldade e se
       tornar num bom batedor.
       23 Ao bater de modo tenso acabará por se cansar primeiro.  Bata tranqüilamente e não tire a
       harmonia das orações.
       24 As primeiras batidas, ao iniciar as orações, devem ser firmes para não desentusiasmar.
       É como uma risada que sempre se começa com sons irradiantes.  É batido em tom gradativo
       somente quando a oração já foi iniciada, ou seja, se entra pela metade.
       25 Se bater dormindo, as batidas soarão como um ronco e prejudicarão o seguimento das
       orações. O som é a sombra das clavas que sempre o seguirá em todas as suas ações.
       26 Bater devagar demais prejudica a cerimônia e obriga as pessoas a ajustarem-se ao seu ritmo.
       Além de destoar a oração desmotiva o espírito de oração.
      27 Nunca diga "Eu bato bem" se preocupe unicamente com o fruto do seu esfoíço e dedicação
      contínua nesta arte de bater as clavas.
       28 A sintonia entre ouvir a oração, bater as clavas e orar ao mesmo tempo é a meta principal do
       exercício de bater as clavas.  Parece ser difícil fazer os três ao mesmo tempo, mas à medida que
       vai treinando naturalmente irá aprender.
       29 Bater de modo suave proporcionará a concretização da meta que é fazer com que as pessoas
       também ouçam a voz da sua oração.  Há pessoas que batem alto mas que rezam com voz baixa.
       O processo correto é fazer com que a oração entre com naturalidade agradando aos ouvidos e
      que seja confortante ao praticante e ouvinte.
      30 Não tem habilidade aquele que bate em desacordo com o ritmo geral. Seja mais rápido ou
      mais lento, nenhum dos dois se preocupa com os demais que acompanham a oração.  É
      importante este senso de análise para quem bate as davas, pois só assim poderá proporcionar
      um ritmo equilibrado.
      31 Já existiram épocas e lugares em que se batia de forma estrondeante e barulhenta.  Hoje a
      etiqueta é "Adequar" sempre ao local onde se encontra e apesar de bater suavemente, deve
      bater com vigor e entusiasmo.
      32 Quando bater junto com mais de duas pessoas sempre procurar equilibrar o ritmo entre
      33 São indelicadas as pessoas que batem para si só, e ao seu modo, sem se preocupar com as
      batidas dos demais.
      34 Nunca segure nas pontas das clavas para bater ponta com ponta. Se vê muito em idosos este
      tipo de prática. Além de ecoar um som "Quebrado" visualmente também não é bem visto.
      35  Não bata as davas com as mãos sobre as pernas. Erga até uma altura média entre a perna e
      o ombro.
      36 Evite bater as clavas bem cedo da manhã ou tarde da noite para não prejudicar o sono dos
      outros.
      37 Um dos mais famosos vícios de bater as davas é bater fraco e forte alternadamente. Chama­
      se "Clavas mancas".  Por desritmar as orações é desaconselhável.  Deve-se bater com a mesma
      força, e tonalidade, e na mesma velocidade.
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