Page 13 - Revista Lotus-Mes-04-2002-N31
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Superstição de números
            Em  muitos  países,  números  fazem  parte  das  superstições.
       Geralmente  a  aversão  a  um  número  está  ligada  a  algum  fato  histórico
       negativo  marcante.  O número  13  é o mais  conhecido  entre  nós.  Segundo
       Marcelo Duarte autor do "O guia dos curiosos" ( Cia. Das Letras), o temor ao
       número  13  se  origina de  duas  lendas  da  mitologia nórdica.  "Na primeira
       delas, conta-se que houve um banquete e 12  deuses foram convidados. Loki,
       espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga
       que  terminou  com  a morte  de  Balder,  o  favorito  dos  deuses.  Daí  veio  a
       crendice  de  que  convidar  13  pessoas  para  um jantar  era  desgraça  certa.
       Segundo outra lenda, a deusa do amor e da beleza era Friga. Quando as tribos
       nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, a lenda transformou Friga
       em bruxa. Como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas com outras
       11  bruxas  e  o  demônio.  Os  13  ficavam  rogando  pragas  aos
       humanos".Segundo o mesmo autor, outro fato que reforça a superstição, foi
       que na última ceia de Cristo participaram 13  pessoas e a crucificação foi no
       dia 13, sexta-feira. Assim, o número 13  virou sinônimo de morte.
            É  por  isso  que  nos  Estados  Unidos,  por  exemplo,  em  muitos
       edificios  não  constam  o  13  º   andar.  No  Brasil  embora  o número  13  seja
       considerado também um número de azar, não causa tanto impacto como no
       caso americano.

            No  Japão  os  números  que
       trazem  maus  agouros  são  o  4  e  o  9.
      Neste  caso,  os  números  causam
       antipatia  porque  o  número  4  (shi)  é
       homônimo  (mesma  pronúncia  com
       escrita e sentido diferentes) de morte e o
       9 (ku) de sofrimento. Uma das provas da
       força dessa superstição é a de  que nos
      hospitais não existem quartos com essas
      numerações.
            Observamos,  portanto  que,  o
      temor que as pessoas têm em relação ao
      número  em  si  não  possui  fundamento
      algum.  Se  fosse  válido,  e  universal,
      esses números nem existiriam.


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