Page 17 - Revista Lotus-Mes-04-2002-N31
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Certa  vez,  durante  o atendimento  a milhares  d e   pessoas,  n o   Rio  d e
      Janeiro, passou mal, abandonou a sessão d e   cura e foi correndo a u m   médico para
      ser  socorrido.  Posteriormente,  uma  reportagem  d e   televisão,  com  uma  câmera
      escondida,  descobriu que  a o   contrário d o   que  afirmava nas  entrevistas, cobrava
      pelas  consultas  e pelos  "remédios"  que  receitava  e que  só   ele  vendia.  Muitas
      pessoas  morreram  em   conseqüência  d e   seus  tratamentos,  mas  que  não  foram
      divulgados. Felizmente foi acusado da prática ilegal d e   medicina e curandeirismo
      e foi preso pela polícia.
           O outro tipo  de  curandeirismo que  está na moda hoje  em  dia é o
      chamado Reiki que consiste na cura de uma doença através da imposição
      das mãos. Por ser um tipo de tratamento "light" e inofensivo não acarreta
      nenhum problema com ajustiça. É considerado curandeirismo porque não
      existe nenhuma comprovação científica de sua eficácia.
           As pessoas que dão depoimentos de cura por terem recorrido a um
      curandeiro, ou a uma terapia, na verdade não sofriam de nenhuma tipo de
      doença  tisica.  Sofriam  sim  da  enfermidade  psicológica.  Desse  modo,
      quando alguém que se proclamou representante de alguma divindade disse
      "você  está  curado"  ele  simplesmente  "detetou"  da  cabeça  uma  doença
      imaginária que causava dores tisicas sem gravidade.
           Nenhuma doença em  fase terminal pode ser curada num simples
      passe de mágica. Se alguém disser que possui esse poder, desconfie.

            Comunicação com os mortos
           No  mundo  existem  várias  formas  de  comunicar-se  com  os
      falecidos,  mas  vamos  apenas  citar  a  psicografia.  Segundo  dizem,  o
      psicógrafo,  ou  o médium,  é o interlocutor do  mundo  dos  vivos  com  o
      mundo dos mortos. A comunicação se dá através da incorporaçãçi da alma
      do  falecido  no  interlocutor,  que  passa  as  mensagens  através  da  escrita
      frenética num  pedaço  de  papel.  Cabe  aqui  uma pergunta:  será  que  um
      médium brasileiro pode  incorporar uma alma de  um japonês falecido  e
      passar uma mensagem na escrita japonesa?
           Enfim,  se  citássemos  e
      analisássemos  todas  as  superstições  e
      crenças existentes que permeiam nossa
      vida escreveríamos um livro de centenas
      de páginas.
           Continuará na edição do mês de agosto.

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