Page 5 - Revista Lotus-Mes-05-2005-N68
P. 5

-            �

          confiado  em  falsos  amigos.  Na  opinião  dos
        demais, ele estava colhendo o carmo que havia
        semeado. E quem é que estava certo? Ninguém.
        Ao recusarmos estender a mão,  nós  também
        estávamos tomando uma decisão que teria más
        conseqüências futuras, mas todos preferimos
        optar pela inútil vingança momentânea ao perdão
        e  à  generosidade.  Felizmente,  um  dos  colegas
        conseguiu convencer  os demais a esquecer os rancores e
        tentar ajudar o ex-desgarrado, e todos pudemos dormir em
        paz com nossas consciências.
          No Balanço Pessoal da maioria das pessoas, carmo é "como
        alguém  pode  me  ajudar".  Ou  seja,  seriam  créditos
        contabilizados na coluna  "Recebimentos de Curto  Prazo".
        Na  verdade,  carmo é "como eu posso ajudar alguém",  e é
        lançado  em  "Investimentos  de  Longo  Prazo".  Uma
        contabilidade,  como se  percebe  todos os dias, fácil de
        entender, mas difícil de praticar.
                      (Por  Max Gehringer. Revista  Você  S.A.
        2005)
          Comentários de um monge:
          Sr. Max, agradeço pelo texto sobre o Carmo. Achei ótima
        a abordagem. Até mesmo peço permissão para citá-la em
          nossa Revista Budista Lótus.
                   O artigo,  pelo fato de não  ter  sido escrito
                por um monge, mas por alguém que incorpoporou
                 o  monge,   se  valoriza  sobremaneira.
                 Transmite muito  bem a  visão  budista.  Nos
                 templos e em palestras que ministro já mencionei
                 várias vezes sobre o erro de conotação dada ao
                 termo, que aliás já vem do próprio Japão. Existem
          duas  classificações de carmo:  Positivo e negativo. No
   1   2   3   4   5   6   7   8   9   10