Page 25 - Revista Lotus-Mes-10-2016-N122
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corpo. mais massificadora e focada na
Foi quando Buda concluiu: iluminação mútua, preferiu-se
Isso mesmo. Portanto, enquan- chamar a isenção desse eu ab-
to você continuar apegado a soluto, dessa impessoalidade
essas questões continuará so- ou não-eu em todos os fenô-
frendo pelo ciclo de sucessivos menos como “Vacuidade”.
renascimentos involuntários.
Aja de modo a retirar a flecha Todas essas expressões pos-
de si e dos outros, sendo as- suem o mesmo significado. De
sim, obterá a libertação. Ob- qualquer forma no Budismo
tendo a libertação incorporará Primordial, seguindo o exem-
por si só todas essas questões. plo da parábola da flecha enve-
nenada, evitamos tais aborda-
O jovem discípulo, imediata- gens sobre um eu metafísico.
mente admitiu a sua ignorância Tanto que o Grande Mestre
e se entregou definitivamente Nissen Shounin não apresenta
à prática ascética. nenhum verso específico sobre
este tema.
Portanto, aqui fica claro que
o budismo adota a bênção do Por outro lado, mesmo apre-
Darma e a praticidade do mes- sentando essa segunda mar-
mo. Isto é, por mais que hajam ca da isenção do eu e da im-
ensinamentos, se o mesmos pessoalidade, o budismo não
não forem praticáveis e úteis deixa de admitir o Eu comum,
no caminho da iluminação, não o Eu alvo ou agente de uma
servem. A pregação que leva ação, primeira pessoa do sin-
por fim a essa consciência, é gular e não transcendental. Tal
a marca budista que afirma como Buda afirma nas famo-
a isenção de uma substância sas citações do Dhammapada
permanente em todos os fenô- (Hokkukyou), versos 160, 161
menos. e 162, respectivamente, sobre
(Fonte;Tyuagon, Sutra Yayukyou 63) o Eu.
Ao adentrar no Budismo
Mahayana, linhagem budista
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