Page 11 - Revista Lotus-Mes-05-2003-N44
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Este é apenas um tipo de solidão. Mas existem outros em que cada
um de nós podemos nos encaixar perfeitamente.
Certa vez, uma pessoa do início da terceira idade disse:
Ultimamente sinto-me muito só, é claro que a presença da minha
esposa e a meus filhos me fazem não se sentir dessa forma, mesmo assim, de
repente quando adoeço, ou me encontro sozinho de manhã na cama, bate a
solidão.
Principalmente quando penso, será que viverei só por mais dez anos,
ou quinze ?! Sinto-me jogado a um precipício de solidão, em que me vejo
sozinho morrendo, ou seja, vejo a realidade da vida, como ela é, tal como
quando nascemos e partimos.
Se analisar a verdadeira identidade da solidão, pode-se dizer que a
solidão, é pelo fato, de apesar de sermos unificáveis, somos únicos em nosso
universo.
(Citação do livro, O mundo do amor e da solidão, de Hori Hidehiro)
Nitiren Daibossatsu nos ensina:
"Num Sutra consta que,
quando nascemos vimos sozinhos e
quando morremos partimos sós"
(Col. Nissen vol.11 p.244)
Esta é a mais pura e previsível realidade humana.
Portanto, como método de superação, temos o
nosso modo de viver e se lapidar para aliviar a solidão.
No budismo aprendemos o termo Digouditoku,
ou seja, você colhe o carma gerado por si mesmo. É
tudo uma questão de causa e efeito que nós
desconhecemos e não temos meios sufici�ntes para
interpreta-lo.
Merecimento (Kahou) é algo que ninguém
pode receber por você ou que pode direcionar para
alguém. Por exemplo, não pode substituir a morte de um
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