Page 13 - Revista Lotus-Mes-06-2000-N09
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'° Evidência da fé
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Conta uma história que um rapaz vivia feliz rodeado de seus pais e
irmãos, ajudando uns aos outros e aprendendo, na familia e na escola, a
orientação cristã que fundamentaria sua vida.
Moravam numa região de frio intenso e nas noites de inverno era comu ll)
a familia reunir-se em volta do fogo de uma lareira e todos contarem seus planós
futuros, para os quais todos estavam se esforçando para realizarem. Enfim,
chegaram os dias tão esperados e sonhados: Formaturas, casamentos, festas e
missas para agradecer a Deus por mais uma etapa vencida.
Certo dia, alguém amanheceu estranho e doente. Ninguém entendia
como poderia ter acontecido tão repentinamente aquela doença. Ele era saudável,
recém- formado em Direito, na Faculdade Federal, havia sido orador da turma,
presidente do Diretório Acadêmico, trabalhava na firma de exportações de
madeira de seu pai. Dirigia seu próprio carro pelo interior de Sta. Catarina
inspecionando serrarias e não tinha vícios a não ser o de fumar. Mas o veredicto
foi fatal: doença mental irreversível. Todos os recursos da época foram utilizados
e serviram, e servem, para melhoria de sua qualidade de vida, mas com a
realidade todos teriam que se conformar.
Assim com muita dor e sem ninguém entender muito bem tudo aquilo, veio o
golpe maior. A morte chegou como um raio, sem aviso prévio, sob forma de
assassinato de um outro membro daquela família. Agora além de os pais e
irmãos não estarem entendendo mais nada, existiam sete crianças, nas idades
de seis meses a treze anos sem mãe, mulher exemplar delicada, com sentimentos
nobres, formada em piano pela Faculdade de Belas Artes do Paraná, que abdicara
de sua carreira para atender os filhos. Tinha na ocasião 37 anos. O golpe fora
rude demais. Sua progenitora, cristã fervorosa, que nada conhecia sobre o
renascer, vendo a dor de sete crianças sofrendo de saudades com6 ela, morre
do coração num enfarte fulminante, bem no horário em que costumava rezar
seu terço cristão.
Toda família estava unida não mais na alegria, mas também agora,
pela dor. Os que ficaram continuaram sem muitas perguntas, seguindo o que