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Visão Badista II
Aspectos Filosóficos Budistas
Sutra Lóticos da Morte e do Morrer
O que é morte? Condição vitalícia da vida.
Primeiramente, para uma observação correta deste fenômeno, descarta-se toda
possibilidade do desagrupar da essência do "Ser" em fragmentos como corpo e mente,
vida e morte.
Entretanto, o intelecto na impossibilidade da aceitação de tudo como todo e uma
unidade, abandona a interação e adota a interpretação na busca de uma compreensão que
rompe a indissociabilidade deste ser conceituando-o a partir da observação fragmentada.
O que é morrer?
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Morrer é a denominação da desassociação da vida, calor e mente do corpo.
Uma das máximas de Buda, e definição do princípio filosófico, é o:
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"Abandonar dos extremos e adoção do meio" (2 ) que representa a transição da mente
ordinária para a extraordinária, do indivíduo para o ente humano e da paixão para compaixão.
A concretização desta transição enquanto em vida chama-se iluminação e, diante
desta circunstância, compreende-se que a iluminação só é possível no período entre a
vida e a morte.
No budismo o objetivo do nascimento, mesmo que condicionado à morte é que
neste período se atinja a iluminação, o pleno estado ou reintegrar à unidade absoluta.
Enquanto isto não acontece, renascemos clinicamente dentro dos seis mundos no processo
chamado vida e morte (3 )
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O Grande Mestre Nitiren Daibossatsu em sua escritura que diz respeito
diretamente a questão da vida e morte como herança das duas faces da manifestação
dharrnica dos seres sensíveis cita:
( 4 ) O místico representa a morte, o dharrna a vida.
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(5 ) Os dois dharrnas vida e morte são o próprio corpo dos dez mundos. (6 ) Também,
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chama-se este corpo flor de Lótus(? ) Tandai diz (8 ) (9 ) "Compreendam: tudo que está
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inter-relacionado pela causa e efeito representa o dharrna da flor de lótus" (10 ) e,
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interpretando isso, ( 11 ) A inter-relação é vida e morte, o dharrna causa e efeito e flor de
lótus tornam-se claros. (12 ) O grande Dengyou diz (13 ) Vida e morte é a atividade mística
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