Page 16 - Revista Lotus-Mes-07-2005-N70
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do corpo dármico, aconteceu pelo corpo manifesto (Oudin, corpo
     físico de Buda) e Corpo Regente (Houdin) de Buda. Isso justamente para
     afirmar que a única revelação que aconteceu e, portanto, a única a qual
     devemos nos ater é a revelação do Buda Primordial através dos corpos
     manifesto e regente.
           Por isso quando se diz que o Buda Primordial é eterno não se diz
     respeito a sua eternidade dármica (Ri Dyoudyuu), mas sim, ao Buda
     Primordial que o é pela compaixão e prática (Oi Dyoudyuu) constante que
     exerce sobre nós. Esse é o real intuito das palavras do 16 . capítulo do
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     Sutra Lótus.
           Isto é, o Buda Primordial compreendido como manifestação
     dármica se ocultou pela sobreposição (Houdin no taiyuu hondyaku o
     haishite) e superioridade do Buda Primordial representado pelo Corpo
     Regente.
            Revelação do Buda  Primordial  no
                       Sutra  Lótus

          No Sutra Lótus, quando o Buda Histórico revela sua identidade de
     Buda Primordial, primeiramente invoca seus discípulos primordiais,
     convertidos em tempos primordiais. Tais discípulos estão na verdade
     fundamentando e representando o lado "Bossatsu" do Buda Primordial.

          Normalmente acredita-se que, enquanto não se chega no capítulo
     16 . o Buda Primordial não é revelado; isso se chama "Dyuryou Kenpon".
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     Porém, pela teoria da unicidade do mestre e discípulo (shiteiittai), onde está
     o discípulo também se encontra o mestre, pode-se afirmar que, no exato
     momento em que os discípulos primordiais surgiram, também trouxeram à
     tona toda a prova da presença e existência de seu mestre o Buda
     Primordial. Ou seja, a aparição dos Bossatsu primordiais ao mesmo tempo
     é a revelação do Buda Primordial.
          A diferença que existe é que neste momento o Buda Primordial se
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     apresenta pela causa mística primordial, enquanto que no 16 . capítulo
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