Page 14 - Revista Lotus-Mes-07-2005-N70
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Dármico ser o verdadeiro Buda Primordial, não pode ser levada
em conta dessa forma por alguns óbvios motivos.
Primeiro, um Buda que nunca praticou nada, nunca comprovou
nada e por isso não serve de modelo para nós. A teoria é simples: Se
nunca praticou como pode pregar sobre como praticar para que alguém
possa se tomar em Buda atingindo a iluminação.
É totalmente infundado e teórico dizer que, no som das ondas, no
chilrear dos pássaros, no balançar das folhas e em outros fenômenos
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parecidos, neles se encontrem a iluminação e os ensinamentos de Buda.
Isso simplesmente justifica a impossibilidade de praticar do Buda pregado
pela linhagem excelentista.
Teorizar a prática de Buda dessa maneira, por fim fará com que,
o seu Buda interior (que também ainda não fez nada) tome a frente em
relação ao Buda que de fato praticou e demonstrou verdadeira compaixão.
Esta maneira de ver se chama "Tendenciosa excelentista"
(Hongakubari) e por fim faz o devoto pensar que é iluminado por natureza,
que basta perceber isso, despertar para isso, sem mesmo ter feito ou
praticado nada, algo totalmente em discordância com o que Buda fez e
pregou.
Avançando um pouco mais, a visão excelentista, por fim faz
desprezar o Buda Histórico que praticou e nos ensinou, para priorizar o
Buda interior, que existe dentro de cada um e é chamado de natureza
búdica. Vejamos algumas citações da linhagem excelentista que evidenciam
esta tendência.
Citações Excelentistas
º
"O Buda Primordial citado no capítulo 16 . do Sutra Lótus é o
simples ser inato, primeiro estágio das seis simultaneidades"
(Kono hon no Nyorai "Jyuryouhon no Honbutsu" wa rissoku no
bonbu nari)