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kyou, eliminando o sincretismo religioso que havia até então. Sincretismo e
     heresia para nós é retirar aquilo que por natureza pertence á  Imagem Sa­
     grada e venerar separadamente.  Devoção e prática correta é unificar todas
     as nossas crenças á  Imagem Sagrada (Gohonzon), pois somente dentro
     dela é que pode se dizer que o universo é um só e a divindade é única tam­
     bém.  Este também é o significado prático dos Três mil mundos instantâneos
     (ltinensanzen) que o Gohonzon representa.
          Aquele que fragmenta a prática re-
     ligiosa e descentraliza-a do Gohonzon, seja
     materialmente ou sentimentalmente, estará
     se distanciando aos poucos da prática cor­
     reta e quando menos perceber, estará mais
     perdido do que devotando. A orientação que
     Shijyou Kingo recebeu de Nitiren é a mesma
     que segundos: devotar santos diversos e
     até mesmo a imagem do Buda Histórico,
     seria como seguir estrelas mesmo após o
     sol ter aparecido. O Sol traz luz suficiente
     e indiscriminada a todos os lugares e é
     incomparavelmente superior ao brilho de
     qualquer  estrela  distante de nós.  Por isso
     não ostentamos nada que fragmente este
     brilho do sol. A Imagem do Gohonzon por si
     só incorpora todo o universo e não permite
     devaneios. A demonstração de respeito a
    todas as imagens consideradas sagradas   é, introduzi-las ao interior do
    Gohonzon, considerada a origem de todas, e de onde,  'por opção' não se
     deve extrair nem devotar separadamente.
     Fonte: Revista Lótus n 67 Pg 26
                  º
           36. O budismo não nega a existência de deuses?
          De fato, o Sutra Lótus faz referência a vários tipos de deuses,
     divindades, bodhisattvas e outros.  E ainda, cada qual com um poder diferen­
     ciado ou, mesmo tendo sido seres malignos, após convertidos, oferecem a
     proteção ao devoto do Sutra Lótus, como no caso do Dragão e Reis Ce­
     lestiais.  Por apresentar dessa forma muitas pessoas imagiriam o budismo
     ser uma religião panteísta.  Porém, tratando-se de budismo primordial HBS,
     não é. Tudo que é considerado divindade ou não, sagrado ou não, faz parte
     do corpo dármico do Buda Primordial, ou seja, todos estão apenas ador­
     nando e glorificando o Buda Primordial.  Por outro lado, os benefícios que
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